terça-feira, 9 de agosto de 2011

ADORAÇÃO E A ÚLTIMA CHAMADA















"E cantavam um cântico novo, dizendo:Tu és digno de tomar o livro, e de abrir seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação." Apocalipse 5:9
Adoração é o tema no qual tenho trabalhado nos últimos vinte anos. Mais do que um tema, adoração me desafia a um estilo de vida que é próprio dos filhos de Deus, conforme João 4:23: Mas virá a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai no Espírito e em verdade: porque são esses os adoradores que o Pai procura”. Os princípios bíblicos que tenho aplicado a minha vida, têm gerado profundas experiências que me levam a querer conhecer mais sobre o assunto. Como fruto desta busca, quero compartilhar algumas descobertas preciosas feitas no livro do Apocalipse.
DUAS LINHAS: ADORAÇÃO E JUÍZO
Para entender um pouco melhor Apocalipse, é interessante notar duas situações que se repetem constantemente ao longo do livro. Uma delas refere-se a adoração, seja no céu seja na terra. A outra trata dos juízos divinos sobre a terra, os homens, etc. Por exemplo:
"Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas". Apocalipse 4:10-11
"E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens". Apocalipse 9:15
A adoração é ministrada diante do trono, ora pelos quatro seres viventes e os vinte quatro anciãos, ora por um incontável exército de anjos, ora por homens de toda tribo, língua, povo e nação. O registro bíblico sugere-nos um momento único, jamais imaginado por qualquer um de nós, de extrema beleza e glória, quando toda criatura que há no céu, e na terra, debaixo da terra, e no mar oferecem estrondosa adoração àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro Jesus!
Quase que paralelamente à adoração segue a linha dos juízos, culminando no capítulo vinte com o juízo final.
LEÃO: SÍMBOLO DE AUTORIDADE
"E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores: eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos."
Apocalipse 5:4-5
Tento me colocar no lugar do apóstolo João diante de tantas revelações e da grande responsabilidade de registrar tudo o que via e ouvia, sem descartar as fortes emoções que certamente o acompanhavam a cada instante. No caso do texto acima, nosso herói "chorava muito por não haver alguém digno de abrir o livro". Deve ter sido um momento de intensa frustração e desespero... Por fim, um dos anciãos consola João anunciando ao Senhor, simbolizado na figura de um leão - o Leão da tribo de Judá - representando governo e autoridade, que ao vencer todos os inimigos, tornou-se o único ser no universo digno de abrir o livro! Que maravilhoso deve ter sido para João o soar daquele anúncio... Talvez seria como voltar no tempo e contemplar o triunfo da cruz. Não podemos nos esquecer que este Senhor poderoso venceu a todos os inimigos na cruz, como "leão". Quanto mistério há na cruz... Pois nela Jesus venceu tanto como cordeiro, quanto como leão. Diante destes inimigos abaixo, sua postura foi a de um leão implacável:
ü o pecado
ü a carne
ü a velha natureza
ü a lei
ü o mundo
ü as doenças
ü o diabo
ü principado e potestades
ü outros mais
Após vencer na cruz, ao terceiro dia Jesus ressuscitou e ascendeu aos céus. E os portais eternos se abriram para a chegada do Rei da glória, o Senhor forte e poderoso na batalha que vive para sempre e tem toda autoridade no céu e na terra!
Pr. Adhemar de Campos

terça-feira, 24 de maio de 2011

O RELATÓRIO DA MINORIA, UM TRATADO DE FÉ E FIDELIDADE.


Do alto do Monte Nebo Moisés chegou a contemplar a terra prometida
Terminei a pouco o devocional desta terça feira as 5h15, e o texto me levou a viajar nas posturas de dois grupos que tinha a mesma missão: a sondagem da terra prometida. O texto da missão determinada por Moisés para espiar a terra por 40 dias, desde o versículo 17 ao 33, revela a montagem da comissão, e a difícil atribuição dada aos dozes espias, porque na sua partida já deixam para traz gente que está pondo em dúvida as palavras Deus. Onde há dúvida, não há fé. Dúvida e fé são duas palavras que não cabem no mesmo lugar.  A palavra fé ela só manifesta na sua essência quando é a expressão da fidelidade. Nunca um relatório poderá ser avaliado com fidedigno, se a fidelidade a quem designa a missão não for patente.


Quando falo isto quero dizer, que a nossa fé tem quer tão expressiva, que ela deve ser patente nos fiéis até mesmo nas horas mais difíceis da vida, e hoje com a multiplicação da iniqüidade, o que tem de sobejo são lutas cotidianas e consternações, e é ai que tem que prevalecer a fé, porque ela é a mola propulsora das boas visões, do enxergar o bem no lugar do mal, de apalpar a possibilidade quando tudo parece impossível e reconhecer que Deus é especialista em transformar tragédias em milagres. Gosto muito do relatório da minoria porque ele é marcado pela palavra fé, isto é, é um tratado feito por gente que tinha fidelidade ao Senhor. E todo fiel tem garantido a sua recompensa.

Um exemplo claro disto é o que diz Números 32:11 “Certamente, os homens que saíram do Egito, de vinte anos para cima, não verão a terra que prometi com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó. Porque não perseveraram em seguir-me”, e o versículo 12 continua, “exceto”, exceto? Deus é um Deus de exceções? Não, Calebe e Josué, integrantes da comissão da minoria, é que foram a exceção, e por isto, merecem ouvir a sentença divina sobre suas boas palavras em seus relatórios de fé. “Exceto, Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, pois perseverararm em seguir a´Senhor.”

Porque? Fidelidade a Deus e fé de que as palavras do Senhor são verdadeiras. Quem tem fidelidade pode ser posto à prova em qualquer missão, porque a fidelidade é o ponto mais alto de um caráter inabalável, forjado pela crença indubitável na Palavra de Deus. 

Isto me faz lembrar uma ilustração daquele homem simples da roça que foi pela vez primeira a uma praia. E olhando aquele marzãonho  que nunca acabava mais, pulava como ele só gritando “gloria a Deus, gloria a Deus”. Um doutor que caminhava todo equipado como caminhante beira mar, indagou àquele caipira: Gloria a Deus o que? O que você está vendo que está pulando e dando Gloria a Deus deste jeito? O mar uai!. Este marzãonho de meu Deus que um dia abriu e todo o povo  passou a seco e depois o faraó e seus cavalos e cavaleiros foram engolidos pelo mar. O doutor sem hesitar com toda a sua sabedoria terrena disse:”isto aconteceu é porque deu uma grande vazante e o mar ficou com no máximo 20 centímetros. Falou e continuou a caminhada.

Quando retornou encontrou o homem agora dando cambalhotas na praia e gritando mais forte aleluia e o doutor já foi logo interferindo:”achou que a informação eu te dei complicou mais a sua mente religiosa”. Complicou não doutor, agradeço ao senhor por ter me falado aquelas coisas do mar de vinte centímetros, porque o senhor já pensou aqueles brutamontes de homens e aqueles “cavalãos” morreram tudo  em só um “tantinho” de água “anssim”, esse Deus é “bão mesmo. Gloria a Deus!.

O fiel não se estriba em relatórios negativos, ainda que seja da maioria. A maioria de dez tinham um relatório negativo, de que aquela terra os devoraria porque era populosa por homens gigante e que eles eram como gafanhotos aos nossos próprios olhos e também aos olhos deles. Dez falando contra, crendo no que viam segundo seus pareceres. Mas do relatório da minoria, o seu caráter passou a prova e confiando em Deus e sua palavra, e esta atitude mereceu o sim e o amém de Deus. “Mas o meu servo Calebe, eu o levarei para a terra em que entrou, e a sua posteridade a possuirá, porque teve outro espírito e perseverou em seguir-me” Nm 14.24 Bib.Séc;21. É isto que precisamos na nossa vida cristã quando somos provados no nosso caráter e sermos aprovados por isto na fidelidade.

Quando somos fiéis Deus tem prazer e alegria em nos dar uma boa visão. Assim como Calebe possuía uma visão dada por Deus, todo crente precisa ser adestrado na fidelidade, porque ela é a prova de que temos visões de Deus. As vezes congregamos em uma igreja e o pastor tem uma visão tremenda sobre a conquista daquela cidade para Jesus, e o membro sentado, ficando fazendo contas diferentes do visionário do e líder da igreja. Ah. Impossível, aqui nesta cidade tem mais bar do que igreja, os points de jovens só tem tráfico, bebedeira e consumo de drogas. Isto se chama relatório da maioria, onde se vê apenas o lado ruim deste mundo. Precisamos mudar a visão, ver que quantos mais pecadores temos, maior oportunidade de pregação das boas novas temos, afinal está escrito “onde abundou o pecado, superabundou a graça”.

A visão de Deus não sofre alteração com o relatório negativo da maioria. A visão de Deus é alcançada com o relatório corajoso da minoria. Lembremos da multidão faminta que se acercava de  Jesus. Uma turba gigantesca para ser alimentada, e lá um menino que tinha levado um lanche(mc fish), 5 pães e 2 peixinho e Jesus dá graça e distribuiu aos discípulos para saciar a fome da multidão. Não houve questionamento da visão, os pães e os peixes abençoados por Jesus se multiplicam conforme vão sendo consumido pelo povo e sempre tinha mais no nas vasilhas que serviam. “todos comeram e se fartaram; e recolheram-se dozes cestos com os pedaços que sobraram. Os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças”(Mt 14:20-21).

A visão dos discípulos era: “hora avançada, o lugar é deserto, manda embora as multidões.” A visão de Jesus era “ o Pai proverá”, mas a visão de Jesus  era “a minha fidelidade ao Pai me credencia a multiplicação”, porém, a organização precede o milagre, e Jesus determina que a multidão sentasse na grama, e então pega os pães e o peixes, abençoa-os e a multiplicação acontece.”Jo 14.19(Bibl,Séc.21).

O segredo das conquistas e realizações é fé e fidelidade. O avanço e conquista de novos espaços é não alterar a visão que lhe foi passada por Deus. Quem recebe de Deus as suas instruções e mantê-las sob o manto da fidelidade será recompensado. “Então, Moisés, naquele dia, jurou, dizendo: Certamente, a terra em que puseste o pé será tua, e de teus filhos em herança perpetuamente, pois perseveraste em seguir o Senhor, meu Deus”.(Js 14.9.)

A voz do povo nunca é a voz de Deus, a voz de Deus é a voz impressa no Santo manual das atividades cotidianas. Por isto, já dizia o sábio reformador: “eu e Deus somos maioria”
  

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SEXO DE BEBÊS REVELADO ANTES DO NASCIMENTO HÁ MAIS DE 2000 ANOS





Com a historia de me tornar avô acostumei com a ideia de assistir dvds de ultra-som. Espetacular a capacidade da ciência em mostrar aquelas imagens internas do útero, medir tamanho, definir peso, número de semanas, batimento cardíaco e depois de alguns meses, definir até mesmo o sexo da criança, um avanço científico espetacular.

A noite que passou fiquei imaginando a alegria dos pais quando então por este recurso tecnológico descobrem o sexo do bebê que virá e aí então já até confirmam os nomes previamente escolhidos. Alguns casais sempre usam a alternativa de escolherem dois nomes, uma para o sexo masculino e outro para feminino, e a torcida fica sempre interessante, as vezes o pai querendo um menino para reforçar a bancada masculina em casa e a mãe torcendo por uma menina de igual modo.

O tempo passa e chega o grande dia do ultra-som onde tudo se resolve. Menino ou menina? Lá está o resultado do mecanismo capaz de detectar o sexo e tantas performances físicas do rebento que em breve chegará. Estou falando de mulheres que chegaram a este ponto por sua capacidade natural de fertilidade, e depois disto, com exames do pré-natal as coisas vão se delineando no decorrer da gravidez, mas pense comigo, a situação de duas mulheres que recebem o aviso por antecipação, de que os seus filhos seriam homens, antes de conceber.
Ultrasom de perfil

Estranho isto? De jeito nenhum, e ainda eram primos os meninos. Há dois pareces do Dr. Jeová em duas passagens diferentes no manual do fabricante do homem, a Bíblia. Uma em Mateus 1:18-21 e outra em Lucas 1:5-13, e o mais interessante é que no ultra-som divino, além do sexo, a família já recebia o nome dos meninos que iriam nascer. No primeiro caso, Jesus, e no outro, João. Quanto ao caso de Jesus, já havia 700 anos uma definição sobre o seu nome, como narra Isaías 9:6 : “...e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Talvez a primeira vista não se perceba o grande objetivo de Deus nesta designação ultra-sonográfica, principalmente com relação ao nome Maravilhoso, mas na verdade este termo usado no Antigo Testamento exclusivamente utilizado para enumerar características da personalidade divina, visava fazer uma ponte entre Isaias 9:6 e Apocalipse 4:7, quando então o diagnóstico agora já não é o nascimento de um só, mas o surgimento de uma nova raça, o que vale dizer que Deus já tinha nos visto há milhares de anos para que fôssemos chamados “nação santa e sacerdócio real”.

Jesus e João passaram pelo ultra-som de Deus, receberam por antecipação ao nascimento os seus nomes, mas eu e você, já estávamos também no projeto divino, e é por isto que a destreza das mãos inspiradas de Davi, ao discorrer sobre a onipresença e onisciência do Senhor assim narrou “ Teus olhos viram a minha substância ainda sem forma, e no teu livro os dias foram escritos, sim, todos os dias que me foram ordenados, quando nem um deles ainda havia”. (Sl 139:16).

Estamos debaixo dos olhos do Senhor, nada escapa ao seu olhar e pelo seu Espírito é capaz de perscrutar o mais íntimo da nossa alma. Seria melhor viver hoje como se fosse nosso último dia na terra e o primeiro dia no céu.  A este Deus toda honra, glória e adoração. 

domingo, 1 de maio de 2011

JESUS: PÃO, PALAVRA E PADRÃO DA VIDA




Hoje bem de manhã, com a mesa posta para o desjejum eu olhava bem para o pão, e pensava na atitude de Jesus em celebrar a última ceia com o pão e o vinho. Ele poderia ter escolhido um outro alimento para marcar aquele momento que eternizaria na vida dos seus seguidores, mas escolheu o pão. O pão da ceia fala do corpo de Cristo oferecido por nós para perdão dos nossos pecados. Mas é interessante o fato daquela ceia ter como ingrediente, além do vinho, o  pão.

O pão está presente em todos os lugares do mundo e é muito consumido, por exemplo, no Marrocos, onde cada marroquinos consome cerca de 100 kg de pão por ano, no Uruguai, 55 k, sendo assim o país que mais se aproxima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde que recomenda que o consumo ideal para o homem é de 50k de pão por ano, aqui no Brasil, cada brasileiro consome em média 33,5 k de pão anualmente.

Quando falo em pão lembro da figura de Jesus Cristo. Lendo Cristo, a essência de tudo o que é espiritual, de Watchman Nee achei um texto tremendo: “Eu sou o pão da vida”. O Senhor Jesus é aquele que dá vida, bem como aquele que sustenta a vida. Muitos cristãos pensam em alimento espiritual simplesmente em termos de um tempo de oração ou de leitura da Bíblia; eles desconhecem que seu alimento é o próprio Senhor Jesus. Não estamos dizendo que não haja valor em orar ou em ler a Bíblia. Mas lembremos que o Senhor disse que Ele é o “pão da vida”, e isso significa que o pão da vida não é nada além do próprio Senhor. Freqüentemente os filhos de Deus encontram-se insatisfeitos por não conhecerem a Cristo como o pão da vida.”

Esse conhecer está distanciado de apenas ter um contato formal e memorial uma vez por dia mês com este pão, mas fazer Dele a força motriz para uma edificante e desejosa de ser moldado por Ele e viver as suas verdades no cotidiano. Assim como você precisa do pão de cada dia, que Ele seja também a bússola do caminho da eternidade.Falando de eternidade um texto da bela postagem do pr.Junior Lima de ontem 30.04, Jovens fortes e vencedores, chamou me atenção pelo seu forte teor exortativo, mas que é uma realidade, “algumas pessoas passam toda a sua juventude, e, em alguns casos, toda uma vida, provando apenas das rápidas e superficiais visitas das verdades de Deus, e não sei como ainda conseguem se dar por satisfeitas em meio a tamanho vazio e necessidade.” (confira o texto na integra: APRENDIZ DE CRISTO)

Assim como o pão é uma necessidade diária, que a Palavra também seja o elemento de contato diariamente para que assim cresçamos e frutifiquemos. Falar de contato diário é dizer que  agindo desta forma temos padrão de vida, testemunho e linguagem. Não podemos testificar a vida cristã com uma prática na igreja e outra na rua, na escola, no trabalho e em casa. A autenticidade da vida cristã se revela pelo fato de sermos realmente o propugna os princípios deixados nas Sagradas Escrituras pelo Eterno.

Alguém mais ousado disse que “quando você está sozinho, descobre o que você é”. O que vê, aonde vai, o que fala, qual seu livro de cabeceira. Às vezes na redes sociais sofremos uma pouco quando encontramos recados de irmãozinhos com este tipo de conversa: “galera, 21 hs tal barzinho, tal choperia, tal quebrada “. Ficamos desequilibrados com isto, porque parece revelar  um distanciamento da Palavra, não porque seja proibido ir a um destes lugares, mas será que vão para falar de Jesus, para evangelizar.

Isto me faz lembrar de uma ilustração que ouvi na pregação de um pastor da capital. Ele contou que, ainda que alegasse desconhecer a origem da mesma, era muito interessante. Tratava-se sobre a pintura do quadro de Leonardo da Vinci, a Ultima Ceia. Leonardo pintou um incrível trabalho, o mais sereno e distante do mundo temporal, durante anos caracterizado por conflitos armados, intrigas, preocupações e emergências. Ele a declarou como concluída, embora eternamente insatisfeito, e continuou trabalhando nela.

Diz-se que Leonardo da Vinci ao pintar a Ultima Ceia demorou muitos anos para concluir tal obra. Ele foi bem enquanto pintou onze discípulos, não foi difícil de apor sobre a tela as figuras de onze discípulos de Jesus, mas começou a enfrentar dificuldades para pintar o Cristo e Judas Iscariotes. Em busca da figura de Cristo, a figura mais proeminente do quadro ele observou diversas pessoas piedosas e com características que revelassem o Cristo.

Certa feita estava conversando com um amigo que lhe falou sobre uma escola eclesiástica renomada. Para lá se dirigiu e olhando aqueles jovens tão compenetrado nos estudos sagrados deparou se com um, que revelava profundas semelhanças com o que ele queria para esboçar o Cristo tão sonhado para a sua pintura. Falou com o jovem, explicou lhe seu intento e com a  devida autorização da autoridade daquela escola de homens espirituais, então o jovem posou para Leonardo, que brilhantemente trouxe a existência à figura tão singela e pura do Cristo da sua obra a Ultima Ceia.

Mas, continuou o pastor, agora era chegada à parte mais difícil. Como retratar Judas? Quem ele encontraria para ser o tal, a figura que revelasse a traição, a maldade, o desvio do caminho? Não que não houvesse alguém com o estilo, mas, até para abordar alguém para perguntar se gostaria de ser o Judas daquela obra seria um tanto constrangedor. Depois de muita busca, Leonardo da Vinci, soube de um prostíbulo que estava sendo alvo de muitos comentários pelo grau de lascívia e perversidade que ali se praticava. Dirigiu se ao local e depois de chegar ao ambiente, com seu aguçado olhar logo descobriu um que se destacava com sua postura libertina. Aproximou-se, identificou-se, contou ao homem o seu intento, e de imediato aquele homem assentiu ao pedido com uma observação que deixou atônito ao grande pintor: ”O senhor não poderia ter escolhido pessoa melhor, eu tenho todas as características de Judas, porque anos atrás eu posei para  que o senhor retratasse o Cristo”.

Que nunca abandonemos o Pão da Vida, o Cristo Senhor, e que sejamos o seu reflexo hoje e sempre, na igreja ou onde quer que estejamos. Que o nosso testemunho seja o resultado do impacto e modelagem do nosso contado com o Pão diário, e que as verdades do Eterno nos trate a ponto de nesta terra revelarmos a figura do Cristo. Que possamos declarar como o salmista: “Tua mão esteja pronta para me socorrer, pois escolhi teus preceitos”. Sl. 119.173

É bom sempre lembrar que  nós não somos o Cristo, mas por causa de João 1.12, temos tudo o que Ele tem. Estejamos satisfeitos por conhecermos a Cristo como o pão da vida, e como nosso modelo”.

sábado, 5 de março de 2011

NA RETA DA CURVA DO “S”


O título parece um tanto paradoxal, mas é pura realidade. Estes dias atrás via uma expressão, uma interrogativa na internet numa rede social da nossa amada irmã Jussara da Igreja Batista Boa Novas: “o que será que vou fazer no feriado de carnaval?” Tomei a liberdade de tecer ali um comentário. “Eu sei o que vou fazer no domingo de carnaval, dia 06 de março, vou fazer o que nunca fiz “60 anos”. Pois então, parece que foi ontem que disse isto, mas agora é a hora. Daqui a algumas horas, estarei pela graça de Deus completando 60 anos de uma vida abençoada.

Há 60 anos, no dia 06 de março de 1951 eu recebia do Criador a ordem da vida. Sessenta anos, uma trajetória marcada por tantas batalhas travadas, mas também, uma carreira de conquistas e vitórias. Além da minha vida em família, trabalho, estudo e educação dos filhos, ainda recebí o privilégio do chamado de Deus para o ministério. A cada dia passado junto ás lidas da vida, pude sentir a mão do Deus cuidando de mim, de minha família e da igreja que o Senhor me confiou.

Confesso me emocionado porque é a primeira vez que completo 60 anos, porque ninguém possui a faculdade de ver à frente, mas posso dizer que sei tudo que já aconteceu. Ví Deus atuar com fidelidade apoiando a mim e minha família, mas hoje, tenho a sensação que há muito ainda pela frente a fazer.

Posso falar da minha gratidão a Deus por tudo o que me propiciou nestes 60 anos, mas está patente que do que foi feito até hoje ainda é muito pouco, porque daqui para frente vou entrar no abundante de Deus. Também é verdade que no decorrer de todos estes anos, minha vida foi tremendamente marcada por situações das mais diversas. As incompreensões, as ingratidões, e outras situações amargas que atingiram a mim e a minha família, visando levar-me a um retrocesso, mas a cada dor, a cada mágoa, despojei-me delas em local apropriado: o altar de Deus. Desde que assim procedí, tenho feito de cada investida do inimigo, um impulso para gozar cada vez mais a proteção do Senhor Jesus, e dessa forma refleti-la em meus atos e vida cotidiana.

Por isso hoje, agradeço a minha família que tem sido o meu forte estímulo para até aqui chegar. Aos meus filhos pelo companheirismo, apoio e obediência às determinações que lhes passei. Às ovelhas da Missão Paz e Vida em Mogi Guaçu a minha gratidão por suportar-me por tanto tempo debaixo do mesmo teto, porém, juntos fizemos o louvor e a oração romper os céus de bronze desta cidade e chegar até o trono de Deus.

Tenho vislumbrado a cada momento ver concretizado o sonho de uma família que é ícone na sociedade que vivemos, de um rebanho com ovelhas atiradas nos projetos de Deus, patenteando assim o sinal de que o caminho trilhado até aqui por tanto tempo está na direção certa.

Sou muito grato à pastora Sara, minha esposa, filhos e família que formam a mola propulsora para que eu entrasse na curva do “S”. De igual a forma a minha igreja que sempre me cobriu de amor por todos estes anos. Aos que ficaram obrigado pela fidelidade, aos que foram obrigado pela amizade e consideração que me tornam um exponencial de uma geração a serviço do Senhor.

Aos amigos, colaboradores e investidores no meu chamado obrigado, vocês semearam em terra fértil, portanto, preparem para a excelente colheita.

E agora é um novo tempo. Um tempo de crescer.



domingo, 20 de fevereiro de 2011

QUANDO TOMAMOS A DECISÃO CERTA, DEUS TORNA O SONHO EM REALIDADE


Quando a gente é pai, a visão que temos sobre os filhos é unilateral, ou seja, os vemos dentro do contexto da família original, amamos, acompanhamos, educamos e os assistimos com todo empenho, mas quando chegamos a condição de avô, a ótica muda diametralmente, porque agora já temos uma perspectiva da família que se estendeu, cresceu e caminha como segmento das origens, e então ficamos como a “coruja no toco” gabando e com atenção redobrada aos filhos dos filhos. Segunda feira quem veio passar a tarde com o Vônelli? Sophia, a sábia netinha dos olhos azuis. É lógico que todos os meus netos são lindos e amo estar com eles, mas o fato de segunda feira envolvendo a Sophia me inspirou para caminhar nesta postagem.

Veja, ver televisão é uma coisa, mas assistir um dvd evangélico infantil é outro departamento. A Sophia estava assistindo a história de Samuel, atenta como ela só. E fiquei observando as reações dela diante das cenas que iam surgindo quadro a quadro. E por causa disto, acabei por me embrenhar na história de Samuel e pus-me a pensar sobre o nascimento deste tão importante profeta.

Para chegar no nascimento de Samuel, tive que me esbarrar no histórico da sua vida inicial e então entra aí personagens como Elcana, Ana e a tal Penina. Li demoradamente acerca do nascimento de Samuel, meditei e ponderei o capitulo 1 de I Samuel, mais especificamente nos versículos 1 a 10, e numa segunda consideração os de número 19 e 20.

O texto é muito elucidativo acerca da família de Elcana, mostrando inclusive as dificuldades experimentadas, mas, de forma tão especial também as bênçãos alcançadas.

A narrativa acerca de Ana é um clássico de como é possível alcançar um milagre se houver perseverança na fé e dirigir-se a Deus independente das provações e provocações. A benção de Deus era companheira de Ana diuturnamente, mas ela amargava a dor de ser estéril, de não poder ter filhos, mas nem esta mágoa e vergonha levou-a desistir da tentativa de vencer o obstáculo da sua esterelidade.

Ela podia contar com o seu esposo Elcana, que além de amoroso, era muito temente a Deus e tinha por costume de anualmente ir oferecer adoração e sacrifícios ao Senhor. Não obstante a sua vida espiritual, Elcana tinha sério problema dentro de casa com uma outra companheira de nome Penina, pois isto tornava difícil o relacionamento, porque Penina, apesar de uma mulher abençoada, ela se portava como um instrumento de tristeza e ferimento para Ana.

A Bíblia fala que Penina provocava a Ana continuamente a fim de irritá-la porque não tinha filhos. Isso acontecia ano após ano. Mesmo Ana subindo de contínuo a casa do Senhor para adora-lo, sua rival a provocava e Ana vivia aos prantos e não comia.

Qual é a nossa reação quando enfrentamos problemas de relacionamentos mesmo com nossos irmãos? Será que agüentamos um ano? Ou já deixamos o lugar que congregamos em busca de um ambiente melhor? Ana muito nos ensina com sua persistência. Ela independente do problema físico tinha ainda que suportar o desafeto de uma mulher que convivia com ela . Será que nós suportaríamos? Qual seria a nossa atitude? Como reagiríamos diante de uma mulher que pratica indelicadezas fundamentada em um problema físico que poderíamos vir a ter?

Muitas vezes o nosso problema acaba tirando o foco principal do intento que temos para com Deus, queremos dar o melhor para Deus, mas nos estribamos nas limitações e problemas e acabamos fazendo como Ana. Ela subia anualmente para adorar a Deus, mas punha a sua esterilidade na frente do seu estímulo de adorar.

Em vias de regra quando nos deparamos com problemas, acabamos por fazê-los maiores do que realmente eles são, e desfocamos os nossos olhos das maravilhosas bênçãos que Deus disponibiliza para nós. Era justamente isto que acontecia com Ana. Ela tinha um marido amoroso e cheio de bondade, sendo muito cuidadoso com sua esposa e cheio de amor, além de temer a Deus, e anualmente Elcana levava Ana até Silo para a adoração. Considerando este conjunto de fatores, vemos o quanto abençoada era esta mulher, mas ela tinha ainda um problema na vida a vencer: a sua esterelidade.

E qual seria então o caminho para que Ana obtivesse a vitória sobre o dilema que a afligia? Tomar decisão.E Ana decidiu que o problema que até então parecia insolúvel, poderia ser mudado com a intervenção sobrenatural de Deus. Toda decisão implica em uma ação, ou seja, fazer algo no reino físico, para que seja efetivado no espiritual. O versículo 10 do capítulo 1 de I Samuel declara “e levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente”.

Ana e Elcana haviam chegado mais uma vez em Siló para adorarem ao Senhor, se alimentaram, e logo após ela toma esta atitude. O versículo 11 diz que ela fez um voto ao Senhor, que se Ele concedesse a ela um filho, ela o daria a Eler por todos os dias da sua vida.

Que voto bem fundamentado, que postura corajosa, uma mulher decidindo que o fruto do seu ventre seria um varão separado para o Senhor. Muitos dos nossos sonhos são abortados quando ainda estamos gerando, porque alcançado a benção, começamos a rever o que iríamos fazer com eles, talvez o Senhor se contentasse em usufruir do sonho apenas no domingo, quando fossemos a igreja.

Lembro me de uma pessoa que aproximou se de mim certa vez e disse:”pastor, tenho um sonho de ter um veiculo especial, que eu pudesse usá-lo a serviço da obra de Deus”, logo fui dizendo, querido Deus não lhe pediu nada, sim, completou ele, “mas eu quero fazer assim”. Oramos ali juntos, fizemos um decreto e a oração de concordância. Não muito tempo depois, lá estava! Que  maravilha de veiculo! Era o que tinha de melhor na época. Passado um bom tempo, tinha um carro chique, destes de fazer babar nas proximidades da igreja, perguntei ao diácono de plantão, de quem é? E ele respondeu: “ o abençoado trocou aquele veículo que usava na obra por este carrão”. Subi para o púlpito aquele dia com uma dor tremenda no peito, esperei por uma justificativa, o tempo passou e nada. O filho do sonho, havia sido abortado, e nunca mais aquela vida foi a mesma.

Por isso falei que Ana fez o voto certo. O meu filho Senhor te servirá todos os dias da sua vida, e ele será Seu. Preste atenção não estou dizendo aqui que vivemos um tempo onde se faz votos para conquistar isto ou aquilo. Um voto só deve ser feito se houver um pedido de Deus. Lembra de Paulo em Atos 18:18? Por que um homem daquele teria que fazer um voto? Não havia razão e isto gerou implicações.

Mas voltando a Ana, e como fez ela este voto? Derramou se na presença do Senhor demoradamente(v.12). Justamente, e demorava não porque Deus dependeria do tempo gasto na oração, na adoração para atender lhe o pedido, mas porque era a primeira vez que ela entrava na presença do Senhor com um espírito decidido. Ela se posicionara que doravante não seria mais uma mulher atribulada, sofredora e cheia de impossibilidades.

Sua decisão, declarava que daquele momento em diante ela seria o receptáculo do milagre de Deus. Sua forma de pedir foi tão diferente, pois ela colocou a alma neste negócio, que até o sacerdote teve a por embriagada.

Tem gente que tem medo de se expor diante de Deus e dos homens para alcançar o seu intento, o seu sonho, o desejo do seu coração, então prefere manter o garbo, a postura, o estilo, e então o sonho vai ficando sempre para o futuro, para mais tarde. Ana entregou se ao que queria, decidiu buscar, tomou o nome de bêbada, mas, o mesmo que lhe disse isto, depois de aferir a sua convicção do que buscara, teve que declarar:”vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.”(vs17).

O que te aflige amado leitor? Você tem tido uma ótica somente sob o prisma dos impedimentos que o diabo lhe mostra? Você tem sobre a sua vida uma Penina que só lhe fere, que só lhe abate, dizendo que a benção não é para você? É hora de tomar uma decisão certa. Faça como Ana, tome um posição tão forte no reino terrestre que abale o reino espiritual, e o seu sonho se tornará realidade. Demore se em adoração, não olhe para os lados, não se preocupe com os que te observam, extravase-se em seu espírito diante do Pai, gere o sonho, cuide dele, não o aborte, e Deus lhe dará o seu Samuel. Por causa da sua decisão, a de andar com Cristo, Deus tornará o seu sonho em realidade.


sábado, 1 de janeiro de 2011

INICIO DE ANO, TEMPO DE BOAS ESCOLHAS.


Sempre no primeiro dia do ano nos retiramos para uma confraternização familiar, viagens, praia, divertimentos e muitas outras coisas que acabam nos massageando o ego, e isto é muito válido. Mas, principio de ano também deve ser encarado como um tempo de boas escolhas, isto é, escolhas pensadas, rebuscadas e que visem marcar um tempo com qualidade de vida material, familiar e espiritual. E para isto mesmo que as escolhas impliquem em distanciamentos dos nossos entes queridos, é preciso que sejam bem feitas e que resultem em vida salutar pessoal e extensiva aos que nos sâo caro.

Meu ilustre amigo João Cruzué nos brindou em seu blog Olhar Cristão, um texto muito elucidativo sobre a questão e com a devida aquiescência do autor, compartilho com meus leitores, Nas Campinas do Jordão.

A história de Ló é mais contextualizada a nossos dias do que pensamos. Ele era um homem justo. A própria Bíblia dá testemunho disso. O que aconteceu com ele e, principalmente com sua família, é um dos maiores exemplos deixado na história de Israel para admoestar a cada cristão de que a partir de uma escolha errada, existe a grande possibilidade de continuar fazendo outras escolhas erradas; a soma de todas elas via de regra atinge em cheio aquilo que mais se ama: a própria família.

Quando Abraão saiu de UR, na Caldéia, Ló escolheu acompanhar o tio. Quando Abraão decidiu descer ao Egito para resolver o problema da seca, Ló também desceu e depois subiu junto com o tio. Mas as promessas de Deus não se cumpririam na vida de Abraão, enquanto ele não se separasse totalmente da família. O mandamento de Deus era: Sai da tua terra, e da tua parentela, e da casa do teu pai, e vai para a terra que te mostrarei. Ele cumpriu a primeira parte: saiu da sua terra; no meio do caminho ficou sem o pai - cumpriu-se a segunda parte. A última condição aconteceu quando o tio tomou a iniciativa e propôs a separação, devido a circunstância do excesso de gado e as disputas entre os empregados dos dois.

Da separação em diante, começou uma sequência de escolhas erradas que culminaram na perda do gado, da casa e da própria família.

A primeira escolha errada foi os pastos da campinha do Rio Jordão; eram tão verdinhos e tão lindos que pareciam o jardim do Éden. Ló errou na escolha porque julgou pelas aparências. Se ele pediu tempo para pensar, deve ter comentado o caso com a família. Diante de uma oportunidade rara daquelas, só mesmo um louco faria outro tipo de escolha - ou alguém que orasse e tivesse comunhão com Deus o suficiente para ver além do horizonte daquele "Jardim do Éden". Escolher pelas aparências, confiando apenas nos próprios olhos, isto tem derrubado e destruído muitos crentes. Escolha de cônjuges errados, locais de moradia errados, universidades erradas, companhias erradas, ocupações erradas e até igrejas erradas. Não há mais volta depois de uma escolha errada. A cada grande escolha errada na vida, cabe um preço a ser pago.

Ló, possivelmente, não sabia as campinas faziam parte de um pacote maior complementado por uma sociedade moralmente caída que iria destruir sua família. Ele somente tinha olhos para a beleza dos pastos, que forneceriam o capim para o gado que se multiplicaria tanto ao ponto de torná-lo o homem mais rico do Oriente. Jesus advertiu duas coisas sobre isso: O que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. Ou pior: perder a família? E falou do outro cuja herdade tinha produzido muito, a ponto de deixar escapar um pensamento: Minha alma, tens em depósito muitos bens: come, bebe e regala-te. Escolher mediante um juízo emitido apenas sobre coisas que chamam atenção pela bela aparência... o mesmo laço do passarinheiro que derrubou Ló e tudo quanto possuía, ainda funciona nos dias de hoje.

Depois da escolha do pasto, Ló foi convencido ou convidado a fazer parte da vida pública de Sodoma, servindo à porta de Sodoma, talvez para averiguar a intenção das pessoas que chegavam e saíam da cidade. É bem possível que fosse um cargo de muita honra, de reconhecimento, mas imagino que foi por causa disso que Ló não acompanhou os acontecimentos que se passavam dentro da sua casa. Estava ocupado demais para acompanhar o dia a dia de sua esposa e das filhas. Talvez o cargo que ocupava tivesse alguma relação com os genros delas. Um fato é inegável: a justiça de ló não estava presente no caráter do restante da família. Contextualizando: será que as ocupações que desempenhamos são tão grandes ao ponto de desconhecermos totalmente o que está moldando o caráter de nossos familiares?

Vou prosseguir no assunto. Vivemos em tempos que o maior lazer dos brasileiros, inclusive dos crentes, não as óperas sabão. Isto mesmo, as novelas que divulgam as novidades em matéria de consumo e comportamento de massas. De adultério em adultério, de fornicação em fornicação, de divórcio em divórcio, de esperteza em esperteza, será que nossos filhos e filhas, sobrinhos e netos, vão ficar imunes a tanto esgoto? Ou será que o apego excessivo (ou até normal) a estas coisas vão produzir lá na frente famílias destruídas como a de Ló? Reclame dentro da sua casa sobre isto... se muito provavelmente não vá enfrentar uma ferrenha oposição! Eu sei que cada família tem a sua cultura, e cada um cuida da sua casa, mas não é dessa forma que o "mundão" com seu esgoto penetra no caráter de nossos queridos?

A quinta escolha de Ló foi discordar do anjo quanto ao lugar de escape. O anjo de Deus mandou que ele escapasse para o monte. Mas Ló racionalizou. Discordou na instrução do mensageiro de Deus e pediu para que o lugar de escape fosse a cidade de Zoar. A mesma que era o portão de entrada da campina do Jordão. Ao chegar lá descobriu que corria risco de morte, e assim finalmente decidiu subir para o monte. Neste ponto, Ló se parece com Saul na rebeldia. Deus mandava uma coisa, e Saul fazia outra. O anjo de Deus mandou fugir para o monte, e Ló acabou indo para Zoar. Não acontece muito disso em nossos dias? A palavra de Deus instrui para fazer uma coisa, e no final há muitos que a relativizam, racionalizando, apresentando justificativas dizendo que antes era assim, mas que hoje não faz mal...

E por fim eu considero a sexta escolha, aquela que foi a pá de cal para destruir o restante da família de Ló. Pergunto: Porque razão, Ló não voltou para junto do tio, como aconteceu na parábola do filho pródigo? Foi um ato de soberba? Vergonha de ter perdido tudo? Não estava disposto a se humilhar por ter dado prejuízo a Abraão? Se Zoar era a entrada Sul da campina do Jordão, o tio não estaria cuidando do gado próximo àquela região?

O interessante, hoje, é que há um falso evangelho sendo pregado exaustivamente por aí insistindo no aspecto financeiro e econômico mais ou menos assim: "Crê no Senhor Jesus e ficarás rico, tu e a tua casa". Na minha opinião, estão fazendo publicidade da "Campina do Jordão" sem admoestar, propositalmente, no que elas se podem se transformar depois.